[OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

1. [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

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(usa Nenhuma)

Enviado em 18/08/2012 - 18:24h

POR FAVOR, LEIA, É IMPORTANTE PRA MIM, OUVIR A SUA OPINIÃO.

Salve caros amigos do VOL. Venho hoje aqui propor um debate saudável entre a comunidade, com um foco mais filosófico...

Vocês já tiveram a sensação que o Linux no desktop "já deu"? Ou melhor, já se enjoaram de usar Linux?

Atualmente, estou me sentindo desse jeito, devido a grande quantidade de problemas que tenho com o pinguim. Na verdade, não são problemas com o Linux em si, pois ele é um bom kernel, mas sim, problemas com as distribuições que existem atualmente.

Primeiramente, foi a descontinuação do meu ambiente gráfico preferido, o Gnome 2, que deu lugar ao - odiado por uns, vangloriado por outros - Gnome 3. Sem contar, é claro, da enorme quantidade de forks que surgiram desse ato, como o Unity, Cinnamon, MATE, extenções do Gnome-Shell e etc...

Depois dessa bagunça, até hoje sinto dificuldade em escolher um ambiente desktop. Acabei por optar pelo Xfce, por ser bastante completo e funcional, mas aí já vem "outros 500"...

O Xfce, mesmo completo que seja, é bastante diferente do Gnome 2, o que me faz me sentir "um peixei fora d'água" em diversas situações. O thunar (gerenciador de arquivos do Xfce) nem tem sequer uma opção gráfica para marcar os arquivos como executáveis - temos que fazer esse trabalho pelo terminal, usando chmod +x, ou, usar o PCManFM, que não é totalmente compatível com os menus suspensos do sistema Xfce.

Dessa forma, estou sentindo a sensação que "a brincadeira acabou". Parece que, pra mim o Linux perdeu a graça. Não estou dizendo isso só por causa do Gnome 2, pois vou explicar tudinho logo abaixo...

Ainda lembro da primeira vez que dei boot em um LiveCD, e foi uma das sensações mais incríveis que eu já tive. Foi exótica e sensacional. Parecia um sistema de outro mundo...

Também posso recordar da primeira vez que usei o Kurumin. Ele era simplesmente mágico. Tudo nele era fácil de fazer, como todos os sistemas operacionais deveriam ser. Tinha um bom sistema de atualizações, era bastante estável, bonito de ver e usar, e, acima de tudo, tinha um ótimo painel de controle (característica ainda presente no Big Linux).

Atualmente, uso Linux no desktop, mas, infelizmente, tenho o Windows como sistema âncora. Qualquer problema que aconteça, tenho que dar boot no Windows e procurar soluções. Foi aí que eu percebi que o Windows me dava menos dor de cabeça e me ajudava mais do que as próprias distribuições Linux.

Não foi poucas as vezes que a minha conexão DSL pára de funcionar do nada, e tenho que reiniciar o computador. Isso quando, a minha DSL não "some" do menu de conexões do Network Manager. Programas fechando do nada, coisas que pararam de funcionar de um dia para o outro, são coisas recorrentes que acontecem comigo.

Para vocês terem idéia, até hoje o meu Xubuntu 12.04 LTS (quase 5 meses depois do lançamento) ainda dá crashs (erros graves no sistema). E isso não é só no Xubuntu. Ubuntu e Lubuntu apresentaram o mesmo problema. O pior é que, antes de gravar uma ISO em um DVD para instalação, eu faço questão de conferir as hashs MD5, SHA1 e SHA256. Somente se essas três hashs forem corretas, é que eu decido gravar a ISO. Então, problemas com a mídia de instalação, estão totalmente falsas. Se você está achando que meu hardware é recente e isso é um dos problemas, estás enganado: meu hardware têm 2 anos de uso, além de ser hardware de qualidade, e o kernel Linux é liberado entre 2 a 3 meses.

Fora isso, mas, não sei se vocês perceberam, mas nós não somos totalmente livres no mundo do pinguim. Não estou falando dos softwares proprietários que cada ISO Linux contém, mas sim, a liberdade de usar o programa que se quer.

Supondo que você esteje usando Slackware, é bem provável que você nunca consiga usar a última versão do KDE, por exemplo (à não ser que você seja um mega-blaster programador, faça o download do código fonte e compile todo o KDE para o seu sistema). A mesma coisa ocorre com as outras distribuições. Como o próprio Linus Torvalds disse, no filme "Revolution OS", você não usa o sistema operacional, e sim, os programas que ele contém. Se você sentir que está usando o sistema operacional, é porquê há alguma coisa errada. De quê adianta usar uma distribuição se ela contém programas da década passada? Se você quer ter acesso a programas mais recentes, terá que instalar a nova versão da sua distro preferida. Raras excessões ocorrem com o Ubuntu, em que alguns comuntários conseguem portar essas novas versões para serem instaladas em sistemas mais antigos via PPA.
Nesse mesmo contexto, entra outro problema que é a instabilidade. É batata: programas recentes apresentam bugs. Daí, você fica no dilema: instalo os programas recentes que necessito, e perco toda a estabilidade do meu sistema, ou fico "perrengando" com essa versão antiga?

Eu acho que a questão dos programas no Linux deveria ser levado mais à sério. Ao invéz de fazer uma nova versão por semana, ou até mesmo, diárias (como ocorre no Fedora Rawhide ou Debian Sid), os desenvolvedores poderiam desenvolver programas com um tempo maior entre as releases, evitando esse problema de atualizações constantes e o problema da instabilidade da distro. Esse pensamento diminuiria um outro problema que eu acabei de lembrar: os projetos sendo mais estáveis, trariam mais tranquilidade aos usuários, já que a probabilidade de mudanças drásticas nos programas seriam bem menores de acontecer. Ou seja, uma coisa que você usa hoje, não seria totalmente modificada amanhã.

Como eu disse acima, e quero confirmar novamente: "eu adoro usar Linux, tanto pela filosofia como pelo puro prazer de usar, mas nesse ritmo, vai ficar difícil eu acompanhar...."
Muitos dizem uma das vantagens de usar Linux é que se você não gostar de algo, basta pegar o código fonte e modificar, mas o que temos que ter em mente, é que 99,9% dos usuários nem sabem inserir uma tag html em uma página web.

Este é um tópico de opinião, então, por favor, não precisa chigar a minha mãe pelo que eu disse. Afinal, cada um tem a sua opinião, e eu gostaria de ver a sua opinião nos comentários! =P


  


2. Re: [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

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(usa Nenhuma)

Enviado em 18/08/2012 - 18:45h

É... vamos lá;

Em parte concordo, perdeu a graça, estou totalmente entediado, mas isso também ocorre no Windows. A explicação que eu tomei como 'causa' é de que a vida nao tem nenhum sentido e cada um dá um proposito... ultimamente estou sem nenhum... nenhuma ambição... kkkkk

Acredito que quem usa linux nunca fica sem opção. Você pode usar programas recentes sem 'quebrar' o sistema, usei arch linux por meses e nunca tive problemas de instabilidade.
No caso do slackware é possível usar o 'current' cujos programas são mais recentes...

A respeito de interfaces gráficas, também achava o XFCE meio cru (mesmo sendo meu DE favorito desde ter escolhido um), mas hoje me adaptei a ele, o configurei e tá tinindo.
O mate é praticamente um gnome 2, da ultima vez que usei estava bom e parecia promissor.

Essa história, achei bem legal: " Ainda lembro da primeira vez que dei boot em um LiveCD, e foi uma das sensações mais incríveis que eu já tive. Foi exótica e sensacional. Parecia um sistema de outro mundo..."
Sem dúvida é pura verdade kkkkk talvez eu não devesse mas... vamos lá> podemos comparar com uma pessoa que, por exemplo, utiliza alguma droga (ilicita) pela primeira vez. Dizem que é a melhor sensação do mundo e por mais que usem maiores doses, nunca chegam a te-la denovo. Ou quando você ganha aquela 'coisa' que desejava tanto ... nos primeiros dias/semanas/meses é UAU! mas depois perde a graça e vira algo comum.

Meu amigo deprimido: Schopenhouer (ou algo assim) dizia que o ser humano é movido por impulsos (vontades), porém sempre que alcançamos algo que queriamos descobrimos que isso não traz felicidade, então partimos para outros impulsos.... e , segundo ele, por isso somos infelizes.

No meu caso, não tenho certeza, mas acho que uso linux porque tenho alguma tendência de tentar ser 'menos igual'. A 'normalidade' muitas vezes me irrita, essa rotina diária de acordar, estudar.... para um dia ser só mais um tijolo na parede... nãp aguento isso. Eu ainda irei fazer algo que eu considere que valha a pena da minha vida!

UAu... desviei um pouco do assunto, mas acho interessante esta 'visão' de vida, espero que sirva para alguém.


3. Re: [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

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(usa Nenhuma)

Enviado em 18/08/2012 - 19:03h

#pq, obrigado pelo comentário, meu caro amigo.

E, lendo a sua resposta, vejo algumas coisas em comum entre a gente: eu também ainda não tenho um propósito. Um exemplo seria, se eu soubesse que morreria amanhã, pra mim, não faria diferença.

O pior é que, por quanto mais eu tente ter um sonho, um objetivo, mais sem propósito eu fico. As vezes dá a sensação que eu nasci no planeta errado. Vejo algumas coisas muito erradas na sociedade (a maioria, coisas pequenas) mas que realmente me decham chateado. Dá vontade de mudar o mundo, mas, sozinho, parece que as pessoas não notam.

PS: eu sei que esse comentário ficou mais filosófico do que um debate sobre Linux, mas deu vontade de comentar.

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Agora sim, vamos ao Linux: o que eu quiz dizer é que, de certa forma, eu perdi a confiança em usar Linux no desktop. Algumas coisas param de funcionar do nada; sempre tive a sensação de fazer "uma [*****]" pro Linux funcionar... isso é meio estranho.

Em relação à questão de segurança, é que eu já vi vários projetos de SL que eu usava e gostava, serem extintos do nada, dando lugar a coisas totalmente diferentes. Eu tenho a mente aberta para novidades, mas quando essas novidades "fodem a minha vida", não dá.

Um exemplo que posso dar, muito comentado ultimamente, é o lançamento do Windows 8. A MS demorou 3 anos para desenvolvê-lo (já a maioria das distros, é de 6 a 8 meses). Lançaram uma nova interface - Metro UI - mas mantivevam a interface antiga ainda à disposição. No Linux, em menos de 6 meses a interface que você usa pode ser totalmente extinta. Entende o que eu quero dizer?

Quando eu digo que não confio no Linux o no desktop, (apesar de também ser por causa da instabilidade de algumas distros e problemas diversos) é por causa da adapção excessiva que cada usuário Linux deve adquirir à cada 6 meses.

Sendo uma opinião geral: acho que as distribuições Linux deveriam ser um projeto mais sério. Programas sendo lançados em um curto espaço de tempo, não é recomendável. Programas recentes sendo inlusos em distros para uso doméstico, também não é recomendável.

O que eu quero dizer, é que os grupos desenvolvedores de SL deveriam somente liberar as suas versões quando elas estiverem totalmente estáveis, fazendo-se assim, que todas as distros, tivessem, na maioria dos casos, as mesmas versões. Um exemplo qualquer, seria, o Fedora, o KNOPPIX, Ubuntu, Debian e Mageia, usando a mesma versão do VLC.

Acho que agora, me fiz entender.

>>EDIT

Esqueci de falar é que, em minha opinião, o projeto furuto de um programa SL deveria ser discutido junto com os usuários, o que não ocorre atualmente. Várias vezes, após o anúncio do Gnome 3, enviei sugestões para o projeto Gnome, sendo elas, várias melhorias que eu percebia que eram necessárias. Todas elas foram desaprovadas por membros internos internos ao projeto e sequer foram para votação. Dá pra ver porquê o Gnome está sendo esse fracasso entre tantos usuários Linux. Pena que isso é só um exemplo... vários outros projetos trabalham da mesma maneira. A Canonical é outra. Já o projeto KDE, ainda não participei ativamente e não posso falar nada sobre eles.


4. Re: [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

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(usa Nenhuma)

Enviado em 18/08/2012 - 19:19h

Hm agora entendi.

Acho ótimo essa diversidade de possibilidades, oferece opção para quem gosta de estabilidade, ou programas novos, e por ai vai.

Já usei tanta distro.... e a mais perfeita até hoje foi o debian squeeze e wheezy. No squeeze na época no gnome 2, estavo começando no linux, mas achava os programas obsoletos então tentei o wheezy e me agradou muito. Apesar de ter feito uma enorme jornada para depois de varios meses parar no debian de novo.

Agora essa coisa de mudar sem pedir opnião acho sacanagem... no minimo avisar os usuários. Porém, para quem não se adaptou opçoes nao faltam: mate, cinnamon, gnome fallback, xfce, lxde...

Mas acho que entendo o que você quis dizer: não ter a segurança, pois o modo que estamos acostumados pode mudar da noite para o dia. Um projeto inteiro pode ser descontinuado, sem aviso prévio para dar lugar para algo teoricamente 'melhor'.
Alguns chamam de progresso, mas até onde esta evoluçao nos faz bem? Não apenas no linux mas tudo... hoje você compra um pc/video-game/celular e amanha ja está "obsoleto"$

$ este obsoleto é por exemplo: um iphone é obsoleto porque a 'nova versão' tem 3g...




5. Re: [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

Andre (pinduvoz)
pinduvoz

(usa Debian)

Enviado em 18/08/2012 - 19:24h

Há alguns dilemas e paradoxos no uso do Linux, e eu até comecei a escrever um artigo sobre isso.

Vc lembrou de um dilema: uso programas mais novos e corro o risco de perder a estabilidade do sistema, ou me contento com programas velhos com menos funções e utilidade?

Eu anoto um paradoxo: a quantidade absurda de distribuições é, ao mesmo tempo, a fraqueza e a força do GNU/Linux. Por um lado, enfatiza a liberdade, engaja usuários e contribuidores e traz inovações. De outro, confunde usuários novatos, impede a padronização e afasta os desenvolvedores comerciais.

São questões insolúveis do ponto de vista lógico, e cuja única solução vem do emocional de cada um.

Não há sistema perfeito. Windows trava, e GNU/Linux também trava. Ambos muitas vezes não funcionam como deveriam, ou como esperamos que eles funcionem.

Mas pense bem: o que seria da vida sem contratempos e emoções?


6. Re: [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

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(usa Nenhuma)

Enviado em 18/08/2012 - 19:46h

pg escreveu:

Mas acho que entendo o que você quis dizer: não ter a segurança, pois o modo que estamos acostumados pode mudar da noite para o dia. Um projeto inteiro pode ser descontinuado, sem aviso prévio para dar lugar para algo teoricamente 'melhor'.
Alguns chamam de progresso, mas até onde esta evoluçao nos faz bem?

Exatamente esse é o ponto.

pinduvoz escreveu:

Mas pense bem: o que seria da vida sem contratempos e emoções?

Eu acho que é esse um dos pontos negativos do Linux. Você não depende apenas de escolher usá-lo. Você tem que estar filosoficamente preparado para isso. A pergunta é: isso é realmente necessário? Não seria melhor resolver todos esses problemas e transformá-lo em apenas um sistema operacional?


7. Re: [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

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(usa Nenhuma)

Enviado em 18/08/2012 - 20:02h

Eu tô de boa. A minha sempre foi a tela preta. Quanto menos lembrar Win, melhor prá mim.

Cheguei a duvidar que um dia pudesse gostar de GNOME, mas agora espero que o MATE dê frutos (ou folhas :) )

Free Code acaba sendo Free Beer, não há como. A menos que se escreva o próprio driver. Também não sei fazê-lo. Quer dizer, dependo da decisão da maioria. Da maioria que sabe como se faz isso.

Aqui está uma nova forma de poder oligárquico.

*** ADD ***

Quanto aos crashes, não sei qual o modelo dos UBUNTU-Like, mas se eles tiverem pacotes stable não seria melhor optar somente por eles?


8. Re: [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

brando mota
bmota

(usa Linux Mint)

Enviado em 18/08/2012 - 23:34h

tambem concordo quando fala que temos pouco tempo entre uma versão e outra de algumas distros, mal se acostuma e/ou corrige os bugs de uma versão, já tem outra na porta pedindo licença pra entrar.
e acho tambem que assim o desenvolvedor acaba por ter que dar suporte a várias versões ao mesmo tempo, o que com certeza deve atrapalhar distros menos capacitadas financeiramente.
mas o linux pra mim continua sendo um admirável mundo novo com muito a se descobrir ainda.


9. Re: [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

Paulo Silva
DiegoAngra07

(usa Ubuntu)

Enviado em 19/08/2012 - 02:25h

Boa noite colegas,

Apesar de não ser um usuário "diário" há muito tempo (conheço e usava de vez em quando pra projetos do curso ou até uma forma de passar o tempo mexendo e aprendendo há 3 anos, porém usuário "frequentador do sistema" mesmo faz uns 6 meses), me identifiquei com as opiniões postadas.

Eu ainda estou aprendendo bastante sobre o pinguim, usei bastante Debian e Ubuntu nesses anos aí e agora estou testando outras distros e escolherei algumas pra aprender mais, porém sempre me deparo com o problema de "Ual, saiu uma versão nova. Devo atualizar pra ficar por dentro das coisas? Mas será que não terei que enfrentar uns bugs feios pro meu nível de experiência?". Esta dúvida sempre é fatal na minha cabeça, mas como disse o caro colega pinduvoz: o que seria da vida sem contratempos e emoções? A adrenalina de enfrentar alguns erros e solucioná-los sempre é boa (quando conseguimos! kkk), pra quem tempo de fazer isto é claro. Quem não tem tempo ou já cansou dessa "palhaçada" fica difícil.

Outro ponto importante pra se destacar que foi dito acima: A quantidade de distros tem o lado bom e o ruim. Eu quando fui mexer com Linux a primeira vez (também senti uma emoção enorme como foi citado, só pra constar rs) me encontrei num labirinto, sem saber qual distro usar. Optei pelo Ubuntu pois era bem falada entre meu círculo de amigos com maior conhecimento e uso ela até hoje. Esse número enorme de distros assusta e afasta os iniciantes sim em muitas ocasiões. Pra quê se incomodar escolhendo e testando elas se o cara pode ficar no Windows dele que tá usando há anos e se virando? O ser humano cai na comodidade, se o Windows tá bom e ele tiver qualquer desculpa, por mínima que seja, pra não tentar sequer experimentar outra coisa ele não o fará. Somente os curiosos, os que são forçados (num emprego por exemplo) e os novos usuários no mundo do computador (minha irmã de 9 anos!) vão usar do Linux. Os outros estão presos ao Windows e por eles não mudarão nunca. Tenho um colega programador e outro que também trabalha com TI (vejam, gente "da área") que dizem "Pra quê usar Linux? Só pra me incomodar! To feliz com o Windows, tá perfeito".

Falei demais acima rs Pra justificar o ponto de que: Seria bem melhor mesmo se houvessem poucas distros, com bastante tempo de desenvolvimento entre as releases e estáveis. Na minha opinião isto seria uma beleza, um sonho! Desta forma acho que se aproximaria mais da perfeição.

Agora uma coisa tenho que admitir: Acho que não enjoo nunca de Linux sem ambiente gráfico. Sempre que estou em casa mexendo no Windows, estou com uma telinha do Putty aberta (nem que seja minimizada) acessando meu servidor doméstico, pra desempenhar algumas tarefas quando precisar, mexer em algo, fuçar, aprender, ou apenas dar um apt-get update pra não perder o costume kkkk

Enfim, acho que era isto aí, como sou relativamente inexperiente no mundo do Linux não posso afirmar muitas coisas, e também desconheço de como o povo em geral encara o Pinguim, sendo assim deixo a pergunta:

Se nós aqui estamos expondo tais opiniões (como ter distros melhor desenvolvidas por exemplo), não devemos ser os únicos e não devemos ser poucos. Porque ninguém "acatou" essa decisão ainda de fazer distros mais estáveis ao invés de releases apressadas e seguidas? Perdão se for uma dúvida noob.

Abraços galera.


10. Re: [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

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(usa Nenhuma)

Enviado em 19/08/2012 - 10:57h

O XFCE atende somente aqueles que não precisam de um 'mais' e como todos precisamos e temos que recorrer a algum programa seja de KDE ou Gnome. Aqui no meu Slack Current estou sem programa de gravação de CDs apenas porque Xfburn, XCDroast ou Brasero não compilam e só me resta o K3B, mas como não quero instalar meio KDE por causa de um programa deixei de lado.

Além disso o XFCE 4.10 veio capenga de algumas coisas: Mousepad, Xarchiver e acho que mais. Pro caso do primeiro instalei o Leafpad e do 2º o file-roller (do Gnome). No Arch Linux basta umas compras no AUR que resolve.

O Kurumin era o que podíamos chamar de distro amigável onde tudo funcionava e olha que não baseava-se no Debian Stable. O BigLinux nunca usei e nem irei agora que foi pro saco! distros brasileiras não me interessam, contando nos dedos as que me interessam são:

.deb (Debian e alguns dos derivados diretos), .tgz (Slackware), .rpm (Fedora ou openSUSE), Arch e Gentoo|Sabayon.

O resto....

Discordo da comparação com o Windows, perdi uns 2 dias configurando, atualizando, reiniciando, instalando programas e baixando drivers para um WinXP, é muito pior que instalar um Gentoo, dependendo do ambiente e do set de programas.

No quesito estabilidade arrisco-me a afirmar que o Arch Linux é infinitamente mais estável e atualizado que Debian SID ou Fedora Rawride, o próprio Slack Current está a milhas de distância do Arch que já usa kernel 3.4.9.

Se quer estabilidade (rsrs) e pacotes novos num mesmo sistema procure pela internet uma coisa chamada Bedrock Linux.

http://www.youtube.com/watch?v=MuYMBCcgs98
http://bedrocklinux.org/
http://all-things-linux.blogspot.com.br/2012/08/cooler-than-arch-more-flexible-than.html

Quem sabe não lhe atenda.



11. Re: [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

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Enviado em 19/08/2012 - 12:13h

wolner0b escreveu:

POR FAVOR, LEIA, É IMPORTANTE PRA MIM, OUVIR A SUA OPINIÃO.

Salve caros amigos do VOL. Venho hoje aqui propor um debate saudável entre a comunidade, com um foco mais filosófico...

Vocês já tiveram a sensação que o Linux no desktop "já deu"? Ou melhor, já se enjoaram de usar Linux?

Atualmente, estou me sentindo desse jeito, devido a grande quantidade de problemas que tenho com o pinguim. Na verdade, não são problemas com o Linux em si, pois ele é um bom kernel, mas sim, problemas com as distribuições que existem atualmente.

Primeiramente, foi a descontinuação do meu ambiente gráfico preferido, o Gnome 2, que deu lugar ao - odiado por uns, vangloriado por outros - Gnome 3. Sem contar, é claro, da enorme quantidade de forks que surgiram desse ato, como o Unity, Cinnamon, MATE, extenções do Gnome-Shell e etc...

Depois dessa bagunça, até hoje sinto dificuldade em escolher um ambiente desktop. Acabei por optar pelo Xfce, por ser bastante completo e funcional, mas aí já vem "outros 500"...

O Xfce, mesmo completo que seja, é bastante diferente do Gnome 2, o que me faz me sentir "um peixei fora d'água" em diversas situações. O thunar (gerenciador de arquivos do Xfce) nem tem sequer uma opção gráfica para marcar os arquivos como executáveis - temos que fazer esse trabalho pelo terminal, usando chmod +x, ou, usar o PCManFM, que não é totalmente compatível com os menus suspensos do sistema Xfce.

Dessa forma, estou sentindo a sensação que "a brincadeira acabou". Parece que, pra mim o Linux perdeu a graça. Não estou dizendo isso só por causa do Gnome 2, pois vou explicar tudinho logo abaixo...

Ainda lembro da primeira vez que dei boot em um LiveCD, e foi uma das sensações mais incríveis que eu já tive. Foi exótica e sensacional. Parecia um sistema de outro mundo...

Também posso recordar da primeira vez que usei o Kurumin. Ele era simplesmente mágico. Tudo nele era fácil de fazer, como todos os sistemas operacionais deveriam ser. Tinha um bom sistema de atualizações, era bastante estável, bonito de ver e usar, e, acima de tudo, tinha um ótimo painel de controle (característica ainda presente no Big Linux).

Atualmente, uso Linux no desktop, mas, infelizmente, tenho o Windows como sistema âncora. Qualquer problema que aconteça, tenho que dar boot no Windows e procurar soluções. Foi aí que eu percebi que o Windows me dava menos dor de cabeça e me ajudava mais do que as próprias distribuições Linux.

Não foi poucas as vezes que a minha conexão DSL pára de funcionar do nada, e tenho que reiniciar o computador. Isso quando, a minha DSL não "some" do menu de conexões do Network Manager. Programas fechando do nada, coisas que pararam de funcionar de um dia para o outro, são coisas recorrentes que acontecem comigo.

Para vocês terem idéia, até hoje o meu Xubuntu 12.04 LTS (quase 5 meses depois do lançamento) ainda dá crashs (erros graves no sistema). E isso não é só no Xubuntu. Ubuntu e Lubuntu apresentaram o mesmo problema. O pior é que, antes de gravar uma ISO em um DVD para instalação, eu faço questão de conferir as hashs MD5, SHA1 e SHA256. Somente se essas três hashs forem corretas, é que eu decido gravar a ISO. Então, problemas com a mídia de instalação, estão totalmente falsas. Se você está achando que meu hardware é recente e isso é um dos problemas, estás enganado: meu hardware têm 2 anos de uso, além de ser hardware de qualidade, e o kernel Linux é liberado entre 2 a 3 meses.

Fora isso, mas, não sei se vocês perceberam, mas nós não somos totalmente livres no mundo do pinguim. Não estou falando dos softwares proprietários que cada ISO Linux contém, mas sim, a liberdade de usar o programa que se quer.

Supondo que você esteje usando Slackware, é bem provável que você nunca consiga usar a última versão do KDE, por exemplo (à não ser que você seja um mega-blaster programador, faça o download do código fonte e compile todo o KDE para o seu sistema). A mesma coisa ocorre com as outras distribuições. Como o próprio Linus Torvalds disse, no filme "Revolution OS", você não usa o sistema operacional, e sim, os programas que ele contém. Se você sentir que está usando o sistema operacional, é porquê há alguma coisa errada. De quê adianta usar uma distribuição se ela contém programas da década passada? Se você quer ter acesso a programas mais recentes, terá que instalar a nova versão da sua distro preferida. Raras excessões ocorrem com o Ubuntu, em que alguns comuntários conseguem portar essas novas versões para serem instaladas em sistemas mais antigos via PPA.
Nesse mesmo contexto, entra outro problema que é a instabilidade. É batata: programas recentes apresentam bugs. Daí, você fica no dilema: instalo os programas recentes que necessito, e perco toda a estabilidade do meu sistema, ou fico "perrengando" com essa versão antiga?

Eu acho que a questão dos programas no Linux deveria ser levado mais à sério. Ao invéz de fazer uma nova versão por semana, ou até mesmo, diárias (como ocorre no Fedora Rawhide ou Debian Sid), os desenvolvedores poderiam desenvolver programas com um tempo maior entre as releases, evitando esse problema de atualizações constantes e o problema da instabilidade da distro. Esse pensamento diminuiria um outro problema que eu acabei de lembrar: os projetos sendo mais estáveis, trariam mais tranquilidade aos usuários, já que a probabilidade de mudanças drásticas nos programas seriam bem menores de acontecer. Ou seja, uma coisa que você usa hoje, não seria totalmente modificada amanhã.

Como eu disse acima, e quero confirmar novamente: "eu adoro usar Linux, tanto pela filosofia como pelo puro prazer de usar, mas nesse ritmo, vai ficar difícil eu acompanhar...."
Muitos dizem uma das vantagens de usar Linux é que se você não gostar de algo, basta pegar o código fonte e modificar, mas o que temos que ter em mente, é que 99,9% dos usuários nem sabem inserir uma tag html em uma página web.

Este é um tópico de opinião, então, por favor, não precisa chigar a minha mãe pelo que eu disse. Afinal, cada um tem a sua opinião, e eu gostaria de ver a sua opinião nos comentários! =P



Wolner, meu caro.

Não misture sentimentos pessoais com nada exterior a isto. Você é VOCÊ e Linux apenas código. Não serve como apoio, divã ou meios de satisfação além de seu propósito em oferecer soluções (ou problemas).

Só um detalhe, o Unity não é fork. Ok? Bom, vamos continuar.

O mundo está mudando, perceberam que a grande maioria das pessoas usa computador para trivialidades, somente uma parcela usa PC para o destino que um computador, um produto de alta tecnologia, realmente nasceu.

E para esta grande parcela, o tablet foi desenvolvido. A venda de PC's está caindo no mundo todo.
Estes usuários descobriram que o tablet atende a seus propósitos. Bom pra eles!

Assisti estes dias o filme "Pirates of Silicon Valley". Veja que o mundo mudou com a criação do Computador Pessoal. Já imaginou se já tivessem a tecnologia dos tablets de hoje, naquela época?
Os sistemas e interfaces para esta tecnologia já estariam mais desenvolvidos . Com certeza.

E todas as empresas de informática querem seu filão neste mercado crescente e galopante, da mesma maneira que o quiseram a Apple e Microsoft em seus começos.
A diferença é que hoje existe muito mais empresas neste ramo que antes. O que é bom, oferecem competição em vários sentidos.

E o SL também está engajado nessa. Mas ainda está em seu começo.
Acho até que tem uma guerra entre Gnome-Shell e Unity. Quem terá a melhor qualidade e performance? Quem vencerá?

E por que será também que a Microsoft e Google desenvolveram seus próprios tablets? Estão seguindo o mesmo caminho da Apple, ou seja, compilação entre software e hardware para oferecer um produto estável. Já vi comentários que a Canonical quer fazer o mesmo.

Minha preocupação está na duração de sistemas para PCs no futuro. Espero mesmo que ainda existam interfaces para PCs, assim como Xfce e *box.

Até o próximo Debian virá com o Xfce como padrão, porque sua natureza é outra. O Debian até poderia lançar a próxima versão estável com o Gnome 3 no modo Fallback, mas a jovialidade do GNOME 3 impede isso.

E também não estou nem aí para a quantidade de distribuições, quem quiser que aprenda/pesquise.E não tentar comparar Linux com Windows, porque venceu sua 'licença' e precisa imediatamente de solução para um computador sem sistema operacional. Linux tem outra função.

E não vai demorar para que sistemas operacionais para PCs sejam extinguidos. A grande maioria vai ter que rebolar para comprar seu tablet e eu, que não dispenso mouse e teclado, vou ter que aprender a compilar códigos fontes. rs

Agora falando de seus problemas com o Linux, o que acontece? Desde que comecei a usar Linux, o Ubuntu na versão 9.10, nunca tive tantos problemas assim.
Tinha problemas sérios é com Windows. Enchia o saco do suporte por N razões. Depois que expurguei o rabudo, nunca mais tive problemas .

Estou muito, mas muito mais satisfeito com Linux do que com Windows a mais de 2 anos.


12. Re: [OPINIÃO-DEBATE] Distros Linux: perdeu a graça. [RESOLVIDO]

Paulo Silva
DiegoAngra07

(usa Ubuntu)

Enviado em 19/08/2012 - 13:40h

izaias escreveu:

O mundo está mudando, perceberam que a grande maioria das pessoas usa computador para trivialidades, somente uma parcela usa PC para o destino que um computador, um produto de alta tecnologia, realmente nasceu.

E para esta grande parcela, o tablet foi desenvolvido. A venda de PC's está caindo no mundo todo.
Estes usuários descobriram que o tablet atende a seus propósitos. Bom pra eles!


Tá aí um fato interessante que eu não tinha pensado. Realmente se pensarmos por este lado, daqui uns anos os sistemas pra PC estarão extintos.

Como eu sempre digo pra alguns colegas que querem ter ideias milionárias: O futuro é mobile, criações daqui pra frente terão maiores chances de darem certo apenas se contemplarem o universo do mundo mobile.






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